SEMPRE É POSSÍVEL SAÚDE E PLENA FELICIDADE NA MATERNIDADE?
Ser mãe, tornar-se mãe, viver plenamente a maternidade. O milagre da vida! Você já pensou na preciosidade deste momento? Um ousado espermatozoide encontra o óvulo parceiro e... a Vida se faz!
A sequência natural deveria ser o desenvolvimento saudável deste ser, refletindo na saúde e felicidade da mãe e do pai. Infelizmente, há considerável número de sequências não tão benéficas.
Refletindo sobre o quinto objetivo de desenvolvimento do milênio, que é “melhorar a saúde das gestantes”, observemos alguns comportamentos que prejudicam ou até mesmo, impedem-nos de atingí-lo.
Algumas destas gestantes não têm o apoio do co-responsável pela gravidez, seu companheiro, marido. Outras recebem daqueles um tratamento indiferente ou, pior, desrespeitoso, violento, agressivo. Outras, ainda, pela precocidade da gravidez, vêem-na como castigo, e não como bênção...
E outras sofrem a violência institucional, quando os serviços necessários a sua saúde, a uma gravidez e parto qualitativos, não estão a disposição ou não são bem utilizados. Junte-se a isto a indução ás gestantes, por alguns médicos, à cesariana, tirando das mesmas o direito ao parto normal. Enquanto a Organização Mundial da Saúde (OMS) preconiza uma taxa em torno de 15%, no Brasil este índice é de 52%! E já está comprovado que o parto normal é mais seguro que a cesariana.
No Brasil, há alguns anos atrás, recursos internacionais foram direcionados/utilizados para a esterilização em massa de mulheres nordestinas. A mulher pobre era considerada por uma elite desumana, a responsável pelo subdesenvolvimento do mundo. Experimentos em mulheres, sem seu conhecimento ou consentimento, foram realizados com anuência dos governos de alguns Estados, especialmente, o Maranhão, com o fim de esteriliza-las. Algumas escolas recebiam merenda escolar com produtos esterilizantes, que eram consumidos por alunos/as e mães dos mesmos. Tudo de forma bem impositiva, desrespeitosa, como se os/as pobres não tivessem direito a cidadania, direito de escolha, de decisão. É certo que filhos demandam muitos cuidados. Fosse realizado com aquelas famílias um trabalho de orientação em planejamento familiar, bons resultados viriam, mantendo e até aumentando a dignidade daquelas pessoas. Mas, de forma assustadora, alguns profissionais da saúde (!) e governantes vêem aquelas pessoas como se fossem coisas descartáveis. “Já que me incomodo com elas, elimino-as...”
Na China, as mulheres que se engravidassem de uma menina, eram consideradas criminosas; paradoxalmente, o aborto ou o abandono destas bebês era “necessário, obrigatório e normal”.
Nas diversas partes do mundo, há histórico de algumas agressões contra gestantes, quando deveriam ser mais bem cuidadas.
Entretanto, temos importantes programas governamentais, como Rede Cegonha, Brasil Carinhoso, e serviços como Núcleo de Apoio a Saúde da Família (NASF), e cursos de Planejamento Familiar, que devem ser divulgados de todas as formas possíveis, especialmente às famílias carentes e da área rural. Além da assistência médica, estes programas objetivam incluir toda a família no processo, com orientações e informações, que auxiliam na formação e nos relacionamentos de todos os seus membros.
Lembrando o artigo da semana passada, quando abordei a saúde e a dignidade dos recém-nascidos e das crianças, podemos concluir que, antes de quaisquer julgamentos, deve estar o cuidado com as pessoas.
E, exercitando um pouquinho o amor, faremos sempre a interligação de ações (Veja nesta edição Cidadania – Objetivos de Desenvolvimento do Milênio) que trarão a justiça e a dignidade para todas/os! Você concorda?
A VIDA MERECE TODOS OS NOSSOS CUIDADOS!
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