Cara leitora, caro leitor, como sugerido por mim, continuemos nossas reflexões sobre o outro mundo possível.
Nesta semana, no dia 05, comemora-se o Dia Mundial do Meio Ambiente. Este meio, como sabemos, é a razão da Vida; e, para que a Vida seja plena para todas e todos, nossas sábias decisões e ações são imprescindíveis! Da proteção aos pequenos animais ao respeito às águas, passando sempre pelo cuidado com os nossos semelhantes.
Participando, hoje, do Seminário de Segurança Alimentar e Nutricional, promovido pelo Conselho Municipal de Segurança Alimentar (COMSEA) e realizado pela Secretaria Municipal de Desenvolvimento Social (SMDS), mais temos a certeza da intima interligação entre comportamentos de alguns e suas consequências atingindo a todos/as, indiscriminadamente.
Há alguns anos, cientistas foram descobrindo e criando formas artificiais para, rapidamente, aumentar a produção agrícola de alimentos, a reprodução de animais “comestíveis” e a “durabilidade” de diversos alimentos. Criaram imitações de sabores e de cores para enfeitar guloseimas e enganar até adultos inteligentes. Criaram venenos terríveis para assassinar insetos, e outros animaizinhos, que tentavam se alimentar de pequena parte dos vegetais; matam estes e outros. São fertilizantes químicos, hormônicos, sintéticos, defensivos agrícolas (que só defendem o lucro de alguns), conservantes, aromatizantes, etc...
Consequência geral: somos hoje uma população enferma, com alergia e intolerância a diversos tipos de alimentos, obesa, diabética, hipertensa, precisando, cada vez mais, de medicamentos para tentar neutralizar os males causados pelos... alimentos! Triste constatação, irônica contradição: muitos alimentos têm trazido doenças e não saúde; muitos alimentos têm provocado a morte...
Mas... Outro mundo é possível!
Desde 2003, o Governo Federal têm valorizado os pequenos agricultores familiares e vem incentivando-os a produzir de forma orgânica. Através de programas como PAA (Programa de Aquisição de Alimentos) e PNAE (Programa Nacional de Alimentação Escolar), estes produtores têm a garantia de vender os seus produtos (ou boa parte deles) por preço justo aos governos, que os repassam as escolas, creches, orfanatos, asilos, etc.. São beneficiados os dois lados: produtores e consumidores.
O Selo criado para identificar a produção orgânica nos mercados, valoriza-os ainda mais; e isto tem sido estimulante para que se qualifique a mesma. Inclua-se aí os biscoitos, broas, bolos, enfim, as quitandas artesanais, com a validade limitada, naturalmente. E têm sido realizados vários eventos, como feiras, seminários, congressos, onde são divulgadas importantes informações sobre alimentação e saúde.
Há, ainda, um programa que proporciona aos produtores a possibilidade de investir totalmente na produção orgânica, recebendo assistência técnica e recursos financeiros.
Mas há um preço a pagar à natureza. A terra, as águas, que foram muito maltratadas, estão agora enfermas; precisarão de um período de repouso, cuidados, proteção, para readquirirem suas ricas propriedades que fazem nascer a vida, a vida de todos os seres; a vida vegetal, animal e mineral. Vamos exercitar a paciência. Para não ter que gastar com tantos medicamentos, tratamentos e passar por muitos sofrimentos.
Este ano, instituído como “Ano Internacional da Agricultura Familiar”, podemos começar a festejar. Os olhares, pensamentos e sentimentos em todo o nosso planeta hão de convergir para este debate e para as soluções reais. Por ora, o custo ainda será alto e, se merecemos saúde, devemos adquirir estes produtos artesanais, orgânicos, mesmo assim.
O resultado, que é a Vida Natural Saudável, compensa! Afinal, eu acredito que é possível sermos todas/os sadias/os. E você? Até a próxima!
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