Não querendo endeusar humanos, mas reconhecendo o extraordinário valor de Nelson Mandela, presto aqui minha singela homenagem póstuma.
Querido Mandela, conhecendo um pouco de sua biografia, sinto um misto de surpresa e de admiração. Por que um rapaz jovem, vivendo sem condições dignas num país de políticas inóspitas, cruelmente segregatórias, rebelando-se, é preso? Para o povo que o tinha como um líder, a dor, a angústia não tinham tamanho. E, pior, sem remédio que amenizasse. Porem, cheio de sonhos, fé e amor no coração, você fez, das impossibilidades, novos caminhos. Certo que a duras penas, certo que por tempo que parecia sem fim, certo que num túnel, com fraca luz podendo ser percebida ao final. Mas você estava destinado a fazer uma grande diferença positiva para o seu povo. E fez. Com seus pedidos, suas reivindicações, questionamentos, o mundo inteiro ouviu o seu clamor, que era o clamor de sua gente. Em todos os continentes, o grito de dor, e de indignação repercutiu. A dor do seu povo era a dor de todos nós, de outros continentes, de outras raças, de outras culturas... Ainda que tivesse que passar mais de 30 anos (uma vida!) encarcerado, um dia o Sol brilhou alegremente na África do Sul.
Sim, países outros, pessoas de todos os lugares, com e sem poderes, fizeram coro contra a exploração e a segregação na África do Sul! E o “apartheid” sucumbiu. Não rapidamente, não da forma mais justa. Muitas concessões tiveram que ser feitas, muitas pressões também. Mas a justiça está abrindo caminhos, de forma lenta, mas permanente. Sim, Nelson Mandela, os caminhos que você abriu, com a força coletiva de outros lutadores, mulheres e homens, muitos jovens, estão salvando uma grande parcela da humanidade. Manter acesa a chama da justiça, apesar de tantos sofrimentos, não foi fácil. Mas você tinha uma nobre missão.
É, amigo Mandela, nem você imaginaria que, tão simples, alçaria vôos tão altos. Não imaginaria que o mundo inteiro o conheceria e o admiraria! Não imaginaria que inúmeras gerações hoje e sempre receberão seu exemplo, benefícios tão essenciais, como a liberdade, como a dignidade.
Gostaria, amado Mandela, de ter lhe encontrado pessoalmente, apertado sua mão, olhado em seus olhos. Gostaria de ter usufruído, ainda que por poucos minutos, da singeleza de seu sorriso, do calor de seu coração. Mas estou muito longe, não tive a possibilidade para criar tal oportunidade.
Mas tenho um orgulho e grande felicidade: em um trabalho universitário, em que apresentávamos “O Poder da Fé e do Amor”, fizemos-lhe, ainda que você não tenha sabido, uma merecida homenagem, com seu exemplo de Vida!
É, irmão Mandela, você partiu desta vida terrena, mas seu legado influenciará vidas por muitos e muitos anos... O dia 05 de dezembro, dia Internacional do Voluntariado tem um motivo a mais para sempre ser lembrado: VOCÊ!
É, irmão, que os céus o acolham com todo o carinho. Você nos deu muito. Amparado nos ensinamentos cristãos, você nos ensinou a viver, a conviver... Em paz! Descanse também... em paz!!!
Elizabeth Silva Nascimento Mouton
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